Foi negativa a última jornada para os dois clubes do concelho que disputam o Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, com o Sintrense a perder em casa com o Caldas (2-1) e o 1.º de Dezembro a ser derrotado no Tojal por igual marca (2-1).

Sintrense, 1 Caldas, 2
O Sintrense perdeu no passado domingo em casa, perante o Caldas, por 2-1. Um resultado que tem algum sabor a injustiça, já que aos sintrenses apenas faltou a estrelinha da sorte para levar de vencida o adversário. Os sintrenses entraram muito bem no jogo, criando algumas boas situações para marcar, uma delas com Pidocha a tirar a bola em cima da linha de golo, aos 13 m, e a outra com André Cacito a fazer o mais difícil, que foi enviar o esférico à barra da baliza dos visitantes, aos 32 m. A equipa da casa praticava um futebol fluido – apesar do estado pesado do relvado devido à intensa chuva que caía – mas sem resultados práticos lá na frente, e o Sintrense até nem jogou mal, antes pelo contrário, já que lhe bastava concretizar três ou quatro das oportunidades de golo feito criadas para ter saído desta partida com um resultado confortável, mas o intervalo chegou com o “placard” em branco.

A tónica da segunda parte foi a mesma, e apesar de o Caldas tentar sempre partir em rápidos contra-ataques para o extremo reduto dos donos da casa o Sintrense mantinha mais posse de bola e chegava mais vezes à área contrária, tendo conquistado 12 cantos contra dois do Caldas, faltas de que nada resultou. À passagem dos 65 m Ricardo Pereira foi expulso por pretensa entrada por trás a um adversário. Esteve mal o árbitro açoriano, pois Ricardo Pereira jogou simplesmente a bola e não praticou jogo violento. Esta expulsão condicionou a estratégia de Paulo Morgado, ainda mais quando aos 73 m Camacho entra na área do Sintrense e é travado em falta por André Vilar. Uma grande penalidade bem assinalada, que Pidocha transformou no primeiro golo da partida e colocou o Caldas a vencer.

Reduzida a dez unidades, a equipa do Sintrense não baixou os braços e cinco minutos depois André Cacito faz o golo do empate. Com este golo e da forma como o Sintrense estava a jogar, na procura da vitória, nada fazia prever o que viria acontecer aos 88 m: num cruzamento de Bruno, César Cabrita vê a bola embater na sua perna e mudar de trajectória, entrando na baliza de André Vilar. Um autogolo que proporcionou ao Caldas a conquista dos três pontos da vitória, quanto a nós imerecida. Se bem que o Sintrense tentasse um último “forcing”, os azares, que eram muitos, não lhe permitiram alterar o resultado.

Quanto à arbitragem, nada a dizer quanto à grande penalidade assinalada, mas errou em dois lances capitais, como foi a expulsão de Ricardo Pereira e ao não marcar grande penalidade aos 81 m quando Cláudio, jogador do Caldas, tira a bola com a mão da cabeça de André Cacito, na sequência da marcação de um pontapé de canto. Se o juiz da partida não viu, o seu assistente do lado dos bancos tinha obrigação de assinalar a falta, já que ela foi feita mesmo à sua frente.

Estádio do Sport União Sintrense.
ÁRBITRO – António Garcia, com os auxiliares Hélio Pereira e Luciano Rocha, da A. F. Ponta Delgada.
SINTRENSE – André Vilar; César Cabrita, Ricardo Pereira, Flávio Casal (cap.) (Rúben Braga aos 75 m), André Cacito, Rui Barroso, Nuno Veludo (Rui Arroja aos 70 m), Tiago Antunes (Emerson aos 87 m), Emanuel, Sapo e André Oliveira. Suplentes não utilizados – Rodolfo, Carlitos e Roque. Treinador – Paulo Morgado.
CALDAS – Diogo; Ricardo Santos, Tiago Santos, Pidocha, R. Macedo (Marco Duarte aos 85 m), André Jesus, Bruno Francisco, Cláudio Miglietti, Fábio Sabino, João Camacho e André Simões (Justin aos 68 m). Suplentes não utilizados – Custódio, Jorge Barros, Luís Almeida, Tiago Costa e Fernando.
Treinador – Gila.
Golos – Pidocha (73 m), André Cacito (78 m) e César Cabrita (n. p. baliza, aos 88 m).

Jorge Manuel Cardoso