Semanário Regionalista Independente
Sábado Dezembro 7th 2024

Estação Romana de Colaride – Junta de Freguesia de Agualva promove acção de limpeza no dia 21 de Agosto

240393547_4313228588699051_4844741012036228543_n 240252612_4313227225365854_2074033088460627553_n

O Sítio Arqueológico de Colaride, também co­nhecido por Estação Romana de Colaride, é constituído por uma conduta e um conjunto de fossas escavadas na rocha de crono­logia diversa por uma pedreira romana, explorada a céu aberto.

Ao longo dos anos este local  tem servido para despejos de entulho e actos de vandalismo devido a não se ter acautelado a sua defesa, por quem compete defender e preservar o Património Cultural de Sintra,  facto que este Jornal, associação Olho Vivo e outras entidades, so­bretudo as de defesa do património do concelho se têm manifestado.

Atenta a esta realidade a união das freguesias de Agualva-Mira Sintra, presidida por Carlos Casimiro, levou a cabo uma campanha de limpeza do local no dia 21 de agosto, com assinalável sucesso.

Sobre a importância da Estação Romana de Colaride diz a Câmara Municipal de Sintra, na sua página www.sintraromantica.net/pt/visitar/rota-do-patrimonio-historico-cultural/106-agualva-cacem/750-sitio-arqueologico-de-colaride   que a seguir se transcreve.

Idalina Grácio

 

Sítio Arqueológico de Colaride

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Abrangendo uma ampla extensão, ocupa uma plataforma localizada numa elevação sobranceira à Ribeira dos Ossos, onde se conserva um vasto e significativo conjunto de vestígios soterrados que testemunham uma longa ocupação humana, nomeadamente durante o Paleolítico, a Idade do Bronze, a Época Romana e o período Visigótico.

Ainda nos finais do século XIX descobriram-se, no Casal de Rocanes, oficinas de talhe de sílex do período Paleolítico, bem como, na área da gruta de Colaride, vestígios de uma necrópole romana.

Já em inícios do século XX foi aqui efetuada a recolha de alguns significativos objetos, designadamente um raro molde de foice atribuído ao final da Idade do Bronze.

Na década de 1970 foram identificados materiais romanos à superfície, como tijolos, telhas (tegulae e imbrices), pesos de tear, fragmentos de ânforas e de recipientes cerâmicos de cozinha e de armazenamento, bem como de cerâmicas de mesa (terra sigillata). Provou-se assim a existência de uma área habitacional romana, articulada com a necrópole da mesma época já antes registada.

Em finais de 1990 e durante uma escavação de emergência foram postos pela primeira vez a descoberto importantes estruturas associadas a uma pedreira de época romana. Esta possui ainda, in situ, alguns blocos já preparados para extração mas que, por qualquer motivo, não chegaram a ser arrancados, o que nos elucida claramente sobre as técnicas então empregues neste tipo de trabalhos. O telheiro adjacente, da mesma época, decerto integrava uma estrutura maior de cariz oficinal relacionada com o trabalho da pedra.

A pedreira de Colaride constitui uma descoberta importante e rara no panorama nacional. É, atualmente, a única pedreira romana identificada e ainda conservada em Portugal.

Os materiais arqueológicos exumados conservam-se no Museu Nacional de Arqueologia, no Museu do Instituto Geológico e Mineiro e no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas.

Encontra-se classificado como Sítio de Interesse Público. Dispõe de Zona Especial de Proteção e área non aedificandi (Portaria nº 187/2013 de 9 de abril).

 

fonte: http://www.sintraromantica.net/pt/visitar/rota-do-patrimonio-historico-cultural/106-agualva-cacem/750-sitio-arqueologico-de-colaride

Leave a Reply

You must be logged in to post a comment.