Rafael Reis (Efapel) foi o mais rápido no prólogo da Volta a Portugal Santander, disputado esta 4.ª feira, dia 4, em Lisboa, num trajeto de 5,4 quilómetros. É a terceira vez que o palmelense ganha o contrarrelógio de abertura da Volta, vestindo a primeira camisola amarela da competição. Já o fizera em 2016 e em 2018.
O curto prólogo lisboeta, marcado pelo vento intenso, assistiu a um desempenho demolidor do vice-campeão nacional de contrarrelógio. Rafael Reis completou a prova em 6m10s. A concorrência ficou bem longe. O uruguaio Mauricio Moreira, colega de Rafael Reis na Efapel, foi o segundo classificado, a 11 segundos. O terceiro foi Lluis Mas (Movistar Team), que gastou mais 72 centésimos do que Moreira.
Na luta particular dos homens que aspiram a conquistar a Volta, no dia 15, em Viseu, o equilíbrio foi notório. Só Mauricio Moreira, que poderá ser visto como um “intruso” na lista de favoritos, ganhou tempo a toda a concorrência. António Carvalho (Efapel) e Gustavo César Veloso (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), com 6m30s, Joni Brandão (W52-FC Porto), com 6m31s, e João Rodrigues, com 6m32s, ficaram perto. Em pior posição, mas com diferenças recuperáveis dada a montanha toda que ainda falta, ficaram João Benta (Rádio Popular-Boavista) e Henrique Casimiro Kelly-Simoldes-UDO), 6m42s, Frederico Figueiredo (Efapel) e Vicente García de Mateos (Antarte-Feirense), 6m43s, Amaro Antunes (W52-FC Porto), Joaquim Silva e Tiago Antunes (Tavfer-Measindot-Mortágua), 6m47s.
Entre os estrangeiros que se perspetiva poderem ter uma palavra a dizer na discussão da classificação geral, destaque para os registos de Sergio Samitier (Movitar Team) e Abner González (Movistar Team), 6m38s, Mason Hollymannn (Israel Cycling Academy), 6m39s, José Félix Parra (Equipo Kern Pharma), 6m44s, e Jhojan García (Caja Rural-Seguros RGA), 6m50s.
A Efapel dominou o prólogo e comanda por equipas. Na classificação da juventude, para a qual pontuam os corredores sub-23, o melhor é o alemão Juri Hollmann (Movistar Team).
A primeira etapa em linha, a disputar nesta quinta-feira, será um novo ponto de encontro entre os pretendentes à camisola amarela final. Os corredores vão cumprir 175,8 quilómetros, entre Torres Vedras e Setúbal. A subida da serra da Arrábida, a 13,6 quilómetros da meta, irá, certamente, partir o pelotão. É daqueles dias em que não se ganha a Volta, mas é possível que se perca.
Antes da etapa, Torres Vedras irá viver um momento marcante, a inauguração do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho, que perpetua a memória do grande campeão torriense e da história do ciclismo português.
Press e foto: FPC-UVP