Paulo Neto marcou presença no Rali Casinos do Algarve, com uma prestação positiva, mas pautada pelos infortúnios . Três furos deixaram o piloto mais longe da luta pelo top 5, objetivo do piloto de Sintra. No final da prova, ficou o ânimo pelo ritmo apresentado e a apreensão pelo novo formato de Rali Único.
Paulo Neto e o seu navegador Nuno Mota Ribeiro viajaram até ao Algarve para a segunda ronda do Campeonato de Portugal de Ralis. O objetivo estava definido à partida: lutar pelo top 5 e aproveitar os troços “mundialistas” que já fizeram parte do Rali de Portugal, por onde passaram os WRC. Apesar de se ter divertido ao volante do seu Škoda Fabia Rally2 evo, Paulo Neto teve de se contentar com o nono lugar no CPR, 10º à geral. Três furos custaram caro à dupla inserida da ARC Sport e o resultado acaba por não espelhar o bom ritmo que Paulo Neto conseguiu colocar nos duros troços algarvios. A prova ficou também condicionada no primeiro troço, em que as curtas distâncias entre carros no troço, tirou visibilidade devido ao pó que se levantava a cada passagem. No final da prova, Neto estava agradado por ter conseguido mostrar um ritmo interessante, apesar de isso não se refletir na classificação final: “Gostei do rali. Os troços são espetaculares, um pouco duros, mas muito divertidos. No entanto, a nossa prestação ficou condicionada logo no primeiro troço. Fizeram-nos sair com um minuto de intervalo entre os concorrentes e, como tal, apanhamos muito pó, o que nos atrasou. No entanto, entramos num ritmo bom e começamos a fazer tempos satisfatórios, mas acabamos por furar três vezes, uma de manhã e mais duas de tarde, o que nos arredou da luta pelo top 5. Apesar do resultado não ter sido o melhor, saímos desta prova com bons apontamentos para o futuro.”
Paulo Neto mostrou-se pouco agradado com o novo formato de Rali Único utilizado pela primeira vez, e acredita que a segurança fica posta em causa com esta nova formulação: “Eu avisei logo no início os responsáveis que o tempo entre concorrentes era demasiado curto e que colocava em causa a segurança da prova, com a pouca visibilidade pelo pó que se levantava. E isso acabou por se confirmar logo no segundo troço em que passamos a ter 2 minutos de intervalo entre concorrentes. Depois, os incidentes na PE2 atrasaram ainda mais a prova e acabamos com dois troços anulados, o que retirou quilómetros ao rali, que podia ter um desfecho diferente. Este modelo do Rali Único tem de ser repensado, pois vimos claramente que a solução encontrada não é a melhor. Do ponto de vista de segurança, corre-se o risco de carros mais lentos que estejam a abrir a estrada, sejam apanhados pelos carros do CPR, ou pior, um desses carros mais lentos ter um problema e obrigar a cancelar o troço. A ideia do Rali Único tem potencial, mas só se for executada de forma diferente. Eu falei com os responsáveis da prova e deixei bem vincada a necessidade de mudanças.”
O próximo desafio está agendado de 28 a 29 de abril, com o Rali Terras D’aboboreira.
(texto e fotos: zoom motorsport comunicação)