O grego Kostas Mitroglou acabou com o sonho do Real
Foi uma prenda de Natal, para os pupilos de Filipe Martins, defrontarem o tricampeão nacional,o Benfica, nos oitavos de final do futebol português. Um momento histórico e único para o emblema da cidade de Queluz. As “Águias”,venceram por claros 3-0, num jogo equilibrado na primeira metade, com o Benfica, a jogar num ritmo baixo, e com poucas ocasiões de golo. Aos 24´ Cervi, na direita cruza para a área, Mitroglou, cabeceou ao lado. Quatro minutos depois, a grande oportunidade do Real, abrir o activo. Ataque rápido, Guti, ganha espaço, atira cruzado, Lisandro consegue desviar a bola para canto. Aos 38´ Zivkovic, na cobrança de um livre, coloca a bola na área, Jardel, cabeceou para defesa apertada de Patrick Costinha. Estavam contabilizados, os primeiros quarenta e cinco minutos da partida, e o sonho pairava no ar, perante um adversário difícil, mas, estes jogos da taça, tem sempre um sabor especial, os mais fracos por vezes fazem das suas…não foi o caso. Depois do descanso, e com a entrada de Gonçalo Guedes, o ritmo de jogo passou a ser diabólico, foi sempre a abrir, Aos 47´ canto do lado esquerdo batido por Zivkovic, Mitroglou, elevou – se nas alturas cabeceou ao primeiro poste, Estava feito o 1º golo, Guedes continuava a fazer das suas, serviu Cervi, este atirou por cima do travessão. À passagem do 60´´o lateral direito do Real, Jorge Bernardo, na marcação de um livre, obriga Ederson, a voar e a segurar com segurança. A partir daí as forças, a falta de frescura de alguns jogadores da casa, não habituados a estes ritmos de jogo tentavam não sofrer mais golos. Mas, aos 81´ Guedes, faz nova arrancada e sofre falta de “carrinho” na área. O castigo máximo foi convertido com eficácia por Mitroglou. A cinco minutos do final, o mexicano Raul Jiménez, driblou dois adversários, e rematou forte para o fundo das redes.
No final ouvimos os dois treinadores:
Filipe Martins(treinador do Real) ” O grande objectivo que era dar uma boa imagem da nossa equipa, foi conseguido. Conseguimos alguns contra – ataques algumas possibilidades de criar perigo. Na segunda parte, e não tirando mérito
ao triunfo do Benfica, porque a vitória é justa, faltou – nos frescura física e o 2º golo fez desmoronar o estado psicológico dos jogadores. Se já tinha muito orgulho de ser treinador desta equipa reforcei -a ainda mais”.
Rui Vitória (treinador do Benfica) ” Foi uma exibição em crescendo, mas na primeira parte também obrigamos o adversário a muito desgaste. Na segunda metade, melhorámos, com os golos, com oportunidades, acima de tudo, foi importante fazer ver aos jogadores que era preciso mais velocidade. Queria também realçar o trabalho do Real. De resto, foi uma vitória justa e natural de quem tinha de ganhar”.
Jogo no Estádio do Restelo(Lisboa).
Árbitro: Jorge Ferreira, auxiliado por Inácio Pereira e Jorge Oliveira. Quarto árbi-
tro: Rui Rodrigues(Lisboa)
Real SC: Patrick Costinha; Jorge Bernardo, Matheus Costa, Nuno
Tomás e Zé Pedro(Matheus Leal, 75´); Rúben Marques, Brash, Thabo Cele, e
Manuel Palacios(Luís Mota, 84´); Guti(Nelson Mendes(70´) e Érico Castro.
Treinador. Filipe Martins.
Benfica: Ederson Moraes; André Almeida, Lisandro Lopez, Jardel e Yuri Ribeiro; Carrilho(Gonçalo Guedes, int.), Samaris, Danil (Pizzi, 74´) e Zivkovic; Cervi(Raul Jiménez, 83´) e Mitroglou.
Treinador: Rui Vitória. Ao intervalo: 0-0. Marcadores: Mitroglou(47´e 81´g. p.) e
Raul Jiménez(85´). Disciplina: cartão amarelo a Lisandro López(65´) e Jorge Bernardo(70´).
(Texto: António José)